Ainda não será desta vez que Lucas Mariano, um dos principais nomes do basquete brasileiro, poderá voltar às quadras. O pivô foi suspenso por mais dois anos, até 2027, por descumprir uma suspensão por doping jogando uma liga “pirata” nos EUA.

A decisão foi publicada hoje pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que estendeu o gancho, que originalmente terminaria em 29 de junho próximo a 28 de junho de 2027. Ele, assim, só poderá voltar a atuar na temporada que antecede os Jogos Olímpicos de Paris.

Lucão jogou, no ano passado, uma liga não-oficial de basquete 3×3, a Big3, disputada em ginásio de basquete 5×5. Ele defendeu o Ball Hogs, time capitaneado pelo também brasileiro Leandrinho.

O Código Brasileiro Antidopagem (CBA) diz que “é vedada sob qualquer forma a participação do atleta ou outra pessoa em cumprimento de suspensão em competição ou atividade esportiva autorizados ou organizados” por “uma liga profissional ou organização de evento em nível internacional.”

Lucas Mariano fez isso, por exemplo, ao participar de jogo no Honda Center, casa do Anaheim Ducks, time da NHL. Além disso, o torneio é disputado por vários jogadores profissionais que disputam ligas sob o guarda-chuva da Federação Internacional de Basquete (Fiba).

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O Código Antidoping prevê que uma pena seja dobrada quando um atleta descumprir a suspensão, como fez Lucas Mariano. Daí os dois anos extras que ele agora vai ter que cumprir, voltando ao basquete só quando já estiver perto de completar 34 anos.

O jogador, quando ainda defendia o Sesi/Franca, no NBB da temporada 22/23, testou positivo para os diuréticos furosemida e hidroclorotiazida e o inibidor de apetite sibutramina. Lucão é conhecido pelo corpanzil.

Em um primeiro julgamento, ele pegou uma pena branda, até fevereiro de 2024. A procuradoria do TJD-AD recorreu da pena branda e Lucas Mariano voltou a julgamento no fim de 2023, quando já estava acertado com o Flamengo.

O Pleno do TJD-AD entendeu que o grau de culpa dele foi considerado alto — ou seja, foi afastada a hipótese de uma contaminação involuntária. Lucas Mariano alegou que consumiu um produto para emagrecimento sem indicação médica e sem checar se era composto por substâncias proibidas.

O pivô chegou a receber uma oferta de acordo, para cumprir 14 meses de gancho e não topou. Preferiu o julgamento, que acabou tirando-o de atividade por 24 meses. Não esperou o fim da punição e agora ficará fora por 48 meses.

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